Vida, velhice e morte de uma mulher do povo

Didier Eribon

Quando o médico da família decreta que sua mãe idosa «não é mais autossuficiente», Didier Eribon precisa encontrar uma instituição que lhe ofereça cuidados contínuos. O autor do aclamadoRetorno a Reimsnão pode imaginar que o dia em que ele a acompanha até a casa de repouso será a última vez que irá vê-la. O luto leva o filósofo francês a reconstituir a parábola exemplar de uma «mulher do povo»: da infância em um orfanato ao trabalho como empregada doméstica e depois como operária, uma vida angusta em um casamento infeliz. Essa despedida é uma oportunidade de contar uma história íntima, abrindo-a para uma reflexão mais ampla, em que uma mulher parece se tornar a imagem de um povo e nos força a aceitar a dinâmica invisível que relega a doença e o envelheci- mento às margens da existência.

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Descrição

Didier Eribon consagra este livro àquela «mulher do povo» que lhe deu vida. Poucos meses depois de entrar em uma casa de repouso, a mãe do autor morre, aos oitenta e sete anos. O choque de ser desenraizada é brutal demais para uma mulher que nunca teve sorte alguma, que foi faxineira, depois operária, enfim aposentada e por último uma pessoa que precisava de cuidados. Confusão, quedas, perda gradual da autonomia física e cognitiva: qual é a nossa relação com o esvanecimento da vida? Somos nós sequer capazes de pensar o envelhecimento? Entre o testemunho e o ensaio sociológico, essa despedida é uma oportunidade de contar uma história íntima. Um livro de extrema precisão e sensibilidade, rico em referências, mas capaz de falar a todos, que investiga os laços familiares, as escolhas dos filhos para seus pais, capturando aquele momento da existência em que nos tornamos adultos de verdade.

Didier Eribon, filósofo e sociólogo francês, é atualmente professor da Faculdade de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Amiens, já tendo lecionado na Universidade de Berkeley (Estados Unidos). Recebeu em 2008 o Brudner Prize, concedido todos os anos pela Universidade de Yale. Dele, a Âyiné publicou Retorno a Reims (2020) e A sociedade como veredito (2022).

Ficha Técnica

  • Peso
    500 g
  • Tradução
    Luzmara Curcino
  • Dimensões
    10 cm x 2 cm x 20 cm cm
  • Projeto Gráfico
    CCRZ
  • Ano de Publicação
    2024
  • Páginas
    320