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Descrição

A escrita recorre em sua função de combate; é dela que se valem os intelectuais, os sensíveis que se veem de repente cercados pela guerra. «Onde a história exibe apenas muralhas e fronteiras, a poesia descobre, para além dos conflitos, a predestinação misteriosa que faz dignos, uns dos outros, os adversários convocados a um encontro inexorável.» Privados da escrita, encontram-se no exílio. De família ucraniana e radicada em Paris, Rachel Bespaloff viveu o desenraizamento mais de uma vez. O último deles quando deixou a França rumo aos Estados Unidos, reagindo ao avanço nazista. Levava consigo o manuscrito de Da Ilíada, leitura colérica e indômita iniciada em 1939, na antessala da Segunda Guerra, da epopeia de Homero. Parte experimento intertextual, parte arqueologia da violência, seu ensaio encontra fôlego na aridez das paixões de Ílion. A indistinção entre literatura, religião e filosofia adquire em Bespaloff uma característica arrebatadora, marca da leitora em desabrigo. Da Ilíada fala a tempos e terras em que não há esperança para além da guerra. «Aquiles é belo, Heitor é belo pois a força é bela, e somente a beleza da onipotência, que se torna a onipotência da beleza, consegue do homem esse consentimento total ao seu próprio aniquilamento […]. Assim a força aparece na Ilíada, ora como a realidade suprema, ora como a ilusão suprema da existência.»

Nascida em 1897 na Bulgária de uma família de judeus ucranianos, Rachel Bespaloff cresceu em Genebra e em 1919 se mudou para Paris; ali, poucos anos depois encontra, Lev Shestov, que a introduz em um círculo que reúne Daniel Halévy, Gabriel Marcel e Jean Wahl. Deixa a França em 1942, morre suicida em South Hadley, Massachusetts, em 1949. Da Ilíada, que ela começa a escrever em 1939, é publicado em 1943.

Ficha Técnica

  • Peso
    500 g
  • Tradução
    Giovani T. Kurz
  • Dimensões
    10 cm x 1 cm x 18 cm cm
  • Ano de Publicação
    2022
  • Páginas
    108