Viagem na Rússia
Joseph Roth
Descrição
No verão de 1926, o Frankfurter Zeitung propôs a Joseph Roth uma viagem à Rússia. Apesar dos primeiros anos de entusiasmo pela revolução, quando assinava como «Roth, o Vermelho», ele atravessava, agora, um período de dúvida: assim viu a viagem como uma preciosa ocasião para verificar suas convicções. Atencioso, curioso, vagou pelas grandes cidades, seguiu o curso do Volga, embrenhou-se entre os povos da Ásia, escrevendo no calor do momento suas correspondências. No início, sua atitude é de forte simpatia por esse mundo em formação. Mas sua lucidez lhe permite ver a miséria sombria daquele «homem novo» que já se encontra em cada esquina. Enquanto legiões de escritores ocidentais visitariam a Rússia por décadas, competindo (com poucas exceções) em cegueira e servilismo, Roth viu e soube narrar tudo aquilo que então se podia ver.
Estas páginas vibram não apenas pela arte magistral do escritor, mas pela clarividência do testemunho. A Walter Benjamin, quando se encontraram em Moscou, Roth disse ter partido bolchevique e regressado monárquico. Esta viagem é um dos primeiros testemunhos iluminados de um escritor ocidental sobre a Rússia soviética, mas também marca um passo decisivo na evolução de Roth. Como lemos em uma carta que ele enviou de Odessa para Bernhard von Brentano: «É uma grande fortuna ter feito esta viagem na Rússia: do contrário nunca teria me encontrado».
Joseph Roth nasceu em Brody, atualmente parte da Ucrânia, em 2 de setembro de 1894, em uma família judaica. Tornou-se jornalista em Viena e sucessivamente em Berlim. Com a ascensão do nazismo exilou-se na França. Roth foi o retratista da civilização austríaca às vésperas de seu declínio. Morreu em Paris em 1939.
Ficha Técnica
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Peso
150 g -
Tradução
Alice Leal, Simone Pereira Gonçalves -
Dimensões
15 cm x 10,8 cm x 1,6 cm cm -
Revisão
Maria Fernanda Alvares -
Preparação
Maria Fernanda Alvares -
Capa
Julia Geiser -
Ano de Publicação
2017 -
Páginas
176