Quando a casa queima

Giorgio Agamben

«Sentir-se viver: ser afetado pela própria sensibilidade, ser delicadamente entregue ao próprio gesto sem poder assumi-lo nem evitá-lo. Sentir-me viver torna a vida possível para mim, mesmo preso numa gaiola. E nada é tão real quanto essa possibilidade.«

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Descrição

Que casa está queimando? O país onde vive, a Europa, o mundo inteiro? Talvez as casas e as cidades já estejam queimadas, não sabemos desde quando, numa única e imensa fogueira que fingimos não ver. De algumas, restam apenas pedaços de muro, uma parede pintada, uma parte do teto, nomes, muitíssimos nomes já devorados pelo fogo. E, todavia, os recobrimos tão zelosamente com gesso branco e palavras mentirosas que parecem intactos. Vivemos em casas, em cidades queimadas de cima a baixo como se ainda estivessem em pé, as pessoas fingem viver aí e saem pelas ruas mascaradas entre as ruínas, como se ainda fossem os bairros familiares de outrora. E agora a chama mudou de forma e natureza, fez-se digital, invisível e fria, mas justamente por isso está ainda mais próxima, está ao nosso lado e nos circunda a todo instante.

Giorgio Agamben nasceu em Roma em 1942. Dele, a Âyiné publicou A Igreja e o Reino (2016), Studiolo (2021), Quando a casa queima (2021), A loucura de Hölderlin (2022) e Coisas que vi, ouvi, aprendi…(2023).

Ficha Técnica

  • Peso
    300 g
  • Tradução
    Vinícius Nicastro Honesko
  • Dimensões
    10,5 cm x 1 cm x 18 cm cm
  • Projeto Gráfico
    CCRZ
  • Ano de Publicação
    2021
  • Páginas
    102