Metafísica da puta

Laurent de Sutter

«À sua maneira oblíqua, Lulu era, portanto, uma encarnação da verdade: o reflexo que ela enviava de volta àqueles que desejavam possuí-la era o reflexo da verdade – mas uma verdade que não era uma qualidade ou um bem. A verdade era apenas o momento do reflexo; era apenas o momento da imagem vazia, enviando de volta, para quem a olhava, o olhar que era seu, e que, de repente, ele pôde ver. Porque é falso que não podemos ver o nosso olhar: basta aproximar-se de uma puta para que de repente se torne visível, mas com uma visibilidade impossível, insuportável.»

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Descrição

Este ensaio busca reconstruir, através da lente de alguma das maiores figuras literárias ou artísticas do século vinte, a função profunda que exerce a prostituta na modernidade e até os dias de hoje. Indo, assim, de Baudelaire a Jean-Luc Godard, de Wedeking a Alban Berg, de James Joyce a Jean Genet, de Maupassant a Charles Bukovski, o autor tenta indagar o papel determinante que desempenha a puta em relação à nossa ideia de arte, de dinheiro, de trabalho, da polícia, e, em sentido mais tecnicamente filosófico, do sujeito e da própria verdade. A ser colocada seriamente em questão é toda uma infinidade de lugares comuns da nossa época.

Ficha Técnica

  • Peso
    400 g
  • Tradução
    Lucas Neves
  • Dimensões
    14 cm x 2 cm x 20 cm cm
  • Projeto Gráfico
    OAZA
  • Ano de Publicação
    2024
  • Páginas
    120