Filosofia primeira filosofia última

Giorgio Agamben

Enquanto não se esclarecer o nexo secreto que une e divide metafísica, matemática e física, a relação entre a filosofia e as ciências não deixará de ser problemática e o saber do Ocidente continuará irremediavelmente cindido. O que é que está em jogo naquilo a que a tradição da filosofia ocidental chamou filosofia primeira, ou seja, metafísica?

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Descrição

Trata-se de uma especulação abstrata que se tornou obsoleta ou dela depende o problema, que nos diz respeito de perto, da unidade do conhecimento no Ocidente? A metafísica é, de fato, só “primeira” em relação às outras duas ciências que Aristóteles chama de teoréticas, quais sejam, a física e a matemática. É o sentido estratégico desse “primato” que deve então ser questionado, pois o que nele está em causa é nada menos do que a relação de domínio ou de subordinação, de conflito ou de harmonia, entre a filosofia e as ciências. A hipótese deste livro é que a tentativa da filosofia de assegurar um primado sobre as ciências através da metafísica acabou por se resolver numa sujeição da filosofia, que se tornou mais ou menos conscientemente ancilla scientiarum, tal como havia sido ancilla theologiae no passado. É nesse sentido que é urgente investigar, como faz este livro faz através de uma indagação arqueológica da metafísica, a natureza e os limites destas primazia e subordinação.

Giorgio Agamben nasceu em Roma em 1942. Dele, a Âyiné publicou A Igreja e o Reino (2016), Studiolo (2021), Quando a casa queima (2021), A loucura de Hölderlin (2022) e Coisas que vi, ouvi, aprendi…(2023).

Ficha Técnica

  • Peso
    300 g
  • Tradução
    Vinicius Nicastro Honesko
  • Dimensões
    10 cm x 2 cm x 20 cm cm
  • Ano de Publicação
    2024
  • Páginas
    128