Eu, Khaled, vendo homens e sou inocente
Francesca Mannocchi
O que motiva um jovem líbio a se tornar traficante? Pela primeira vez, a tragédia dos migrantes é narrada a partir do olhar
contraditório e chocante de um carrasco. Vítima da chantagem de um país em caos.
Descrição
A tragédia dos migrantes narrada pelas vozes contraditórias de um carnífice, vítima da chantagem de um país no caos. Khaled é líbio, tem pouco mais de trinta anos, participou da revolução que depôs Ghaddafi, mas a revolução o traiu. Assim ele, que queria ser engenheiro e construir um Estado novo, se tornou em vez disso um anel na engrenagem que controla o tráfico de pessoas. Organiza as travessias do Mediterrâneo, divide mulheres, homens e crianças dos confins do Sul até os centros de detenção: os cárceres legais e aqueles ilegais, no qual os traficantes trancam os migrantes na espera de sua partida, e os torturam, estupram, chantageando os seus familiares. Khaled observa, às vezes participa. Faz isso por dinheiro, e mesmo assim não se sente um criminoso. Porque reside em um país onde parece não haver alternativa ao crime.
Escritora e documentarista, Francesca Mannocchi é uma das mais respeitadas jornalistas italianas. Dela, a Âyiné publicou Cada um carregue a sua culpa, em 2022.
Ficha Técnica
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Peso
600 g -
Tradução
Cláudia Alves -
Dimensões
10 cm x 2 cm x 20 cm cm -
Ano de Publicação
2024 -
Páginas
272