«O perigo da cultura não reside em sua escassez, mas em seu excesso e em sua distribuição desigual; no fato de que suas promessas ficam tragadas num sistema que cresce e se fortalece à medida que aumenta o intercâmbio, independentemente de seus conteúdos.»
Descrição
Arte e política são âmbitos fortemente interconectados, que se atraem e se repelem, traçam continuidades e provocam rupturas, e os ensaios reunidos neste volume estão sujeitos à tensão entre essas forças. Seja como reflexão sobre a condição contemporânea, sobre a prática artística ou sobre os limites e as potencialidades do museu, cada um dos escritos está situado no tempo e no espaço, e todos refletem a trajetória intelectual de Manuel Borja-Villel à frente de importantes instituições museológicas, assim como algumas de suas inquietudes curatoriais como responsável por várias exposições e programas públicos ao longo dos últimos trinta anos. Defensor da hibridação e da transferência de saberes ante a compartimentalização estanque do conhecimento e sua forma de organização, este livro aposta na pesquisa extradisciplinar e na inter-relação de múltiplos campos. E é, antes de tudo, um convite à reflexão sobre a arte, suas organizações e seus atores.
Manuel Borja-Villel (Burriana, Espanha, 1957) é historiador da arte e curador. Foi diretor, em Madri, do Museu Nacional Reina Sofía (2008-2023) e, em Barcelona, do MACBA (1998-2007) e da Fundació Antoni Tàpies (1989-1998). Depois de concluir sua graduação na Universidade de Valência em 1980, mudou-se para os Estados Unidos para estudar na Yale University e, em seguida, na City University of New York, onde obteve seu Ph.D. em 1989. Também foi um dos curadores da 35ª Bienal de São Paulo.
Ficha Técnica
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Peso
500 g -
Tradução
Tamara Sender -
Dimensões
10 cm x 1 cm x 20 cm cm -
Ano de Publicação
2023 -
Páginas
332